quarta-feira, 8 de setembro de 2010

APRESENTAÇÃO


VI SRFPMESS


A humanidade se divide em dois grandes grupos, o grupo dos que não comem e o grupo dos que não dormem com medo dos que não comem” 
(Josué de Castro).

        O Seminário Regional de Formação Profissional e Movimento Estudantil em Serviço Social (SRFPMESS) caracteriza-se como um espaço de contribuição à formação profissional e ético-política das (os) estudantes de Serviço Social a nível regional, através da realização de palestras, oficinas e apresentações culturais com discussões de temas pertinentes à formação nesses âmbitos. Constitui-se, ainda, espaço de incentivo à produção científica na área, a partir da construção de momentos destinados à apresentação de trabalhos pelas (os) participantes envolvidas (os). Ao mesmo tempo, o SRFPMESS, visa intensificar a articulação e organização do Movimento Estudantil de Serviço Social (MESS) através da permutação dos diversos sujeitos envolvidos nesses processos.
            Este ano a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus I, irá sediar o VI SRFPMESS, entre os dias 13 a 15 de Novembro. Este SRFPMESS destina-se a estudantes de graduação do curso de Serviço Social que compõem, sobretudo, as Escolas da Região II (CE, RN, PB, PE). No entanto, estudantes e profissionais de demais áreas de conhecimento, entre outros interessados, também poderão participar.



JUSTIFICATIVA



A reflexão sobre reestruturações produtivas se insere no cenário mais amplo de funcionamento do Estado-nação como espaço de produção econômica e sobre o qual se organiza a dominação de classe. A maneira como se estabelecem as forças produtivas e as relações sociais de produção constituem a força motriz desse poder. A fase neoliberal, de desregulamentação é a fase da financeirização radical – ou, nas palavras de Emir Sader, “um câncer incrustado dentro do capitalismo”, o capitalismo não termina com a crise, porque ele não cai por si mesmo, tem de ser derrubado, nem tampouco o neoliberalismo acabou.
                                                
         Se por um lado tem-se a impressão de que o capitalismo conseguiu unificar o mundo num grau sem precedentes de internacionalização de mercados e de técnicas de produção, por outro, mesmo fragmentadas, as lutas sociais avançaram com vitórias significativas, em indícios de que a “nova ordem mundial”, apresenta fissuras e abrem brechas importantes para a construção contra-hegemônica (Almeida, 2002).
                                    
            O tema em destaque partiu do interesse de estimular a reflexão acadêmica em torno de um campo temático envolvendo a atual crise capitalista e suas implicações na sociedade e no Serviço Social, partindo das relações de produção capitalistas que se generalizaram. Pretendemos abordar de forma crítica a relação estabelecida entre o neoliberalismo e os processos produtivos dele advindos bem como implicações no meio educacional, sobretudo na formação profissional e na organização do MESS. Aspiramos deixar claras a relevância e atualidade do tema escolhido, nesses tempos de reestruturação do processo de trabalho e de reformas nas políticas curriculares, alertando para os processos de mercantilização e gerencialismo que acometem os grupos de profissionais, inclusive os da área educacional.
Nesta direção, enfatiza-se o projeto ético-político do Serviço Social, como uma das possibilidades de resistência a precarização da formação dos assistentes sociais. Faz-se necessário que o Serviço Social decifre a sociedade contemporânea, no marco das transformações que vem alterando a economia, a política e a cultura na sociedade brasileira, neste sentido, requisita um repensar coletivo do exercício e da formação profissionais, no sentido de construir propostas acadêmicas, técnicas e ético-políticas, calçadas nos processos sociais em curso (IAMAMOTO, 2000). A reforma no ensino superior no Brasil vai ao encontro das proposições do projeto neoliberal, que possui como marco legal a Lei 9.394 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1996. O projeto ético-político dos profissionais de Serviço Social, materializado pelo Código de Ética de 1993, consiste na ampliação e consolidação da cidadania. Esta é considerada tarefa primordial de toda a sociedade com vistas à garantia dos direitos civis, sociais e políticos das classes trabalhadoras, e revela-se como um dos princípios fundamentais a serem operacionalizados pela profissão (CÓDIGO DE ÉTICA DOS ASSISTENTES SOCIAIS, 1993). O Serviço Social possui também, como princípios, o posicionamento a favor da igualdade e da eqüidade social, opção por um projeto social, vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação e exploração de classe, etnia e gênero (CÓDIGO DE ÉTICA DOS ASSISTENTES SOCIAIS, 1993).
            A militância surge como um espaço de encontro para os movimentos sociais estimulando as pessoas comparecerem diante do grupo que pressupõe sua identidade.

Questão Social que sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e a elas resistem e se opõem. É nesta tensão entre produção da desigualdade e produção da rebeldia e da resistência, que trabalham os trabalhadores sociais (IAMAMOTO, 2000).

Nesta perspectiva o Movimento Estudantil em Serviço Social (MESS) vem sofrendo como todos os movimentos sociais afetados pela crise do sistema capitalista deflagrando na descrença, desorganização e esvaziamento dos espaços que deveriam ser ocupados massivamente por estudantes.


OBJETIVOS
Objetivo Geral
- Realizar o VI Seminário Regional de Formação Profissional e Movimento Estudantil em Serviço Social (SRFPMESS), na perspectiva de fortalecer a formação profissional e ético-política dos (as) estudantes de Serviço Social e estimular a produção científica na área, bem como intensificar a organização e a articulação do Movimento Estudantil de Serviço Social.
Objetivos específicos
- Elaborar as temáticas das discussões realizadas no VI SRFPMESS, contemplando os eixos relativos à Conjuntura, Formação Profissional, Movimentos Sociais, Opressões e Universidade.
- Organizar a execução de palestras, oficinas, atividades culturais que ocorrerão no VI SRFPMESS.
- Organizar as apresentações de trabalhos científicos no VI SRFPMESS, na modalidade oral e painel, através da construção das normas para o envio de artigos, criação de uma banca examinadora de professores (as), divulgação dos trabalhos aprovados e disponibilização de estrutura necessária às apresentações.  
- Disponibilizar a estrutura necessária que possibilite a participação dos (as) estudantes de Serviço Social no VI SRFPMESS, entre as quais se incluem auditórios, alojamentos, alimentação, limpeza e segurança.

6 comentários:

  1. Olá! Gostaria de saber como proceder para fazer a inscrição no evento?

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  2. Olá pessoal da coordenação do VI SRFPMESS

    peço que vcs deem uma olhadinha, em quantas pessoas da FAFIC, foram inscritas no congress, pois eu Maria Alcione de Sousa Macena, só recebi
    7 anais e 7 certificados, pois são 8 no total...
    bjossssss...
    alcione...( Cajazeiras)

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